Observando
os mapas de movimentos migratórios , podemos observar que as migrações do
Nordeste para o Centro-Sul começou a se intensificar nos anos de 1950 e 1960 em
razão da melhoria dos meios de transporte e sobretudo pela intensa
industrialização que ocorria no Centro-Sul. Essa mudança ocorreu também, devido
aos trabalhadores rurais migrar em busca de emprego e melhores condições de
vida.
A
partir da década de 1980, as migrações de nordestinos para São Paulo e Rio de Janeiro e o sul do país diminuíram
embora ainda ocorram. Nessa época grande número de nordestinos começou a migrar
para a área central do país.
A região é subdivida em: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte.
A
Zona da Mata, foi
a zona de ocupação inicial do Nordeste brasileiro, é a mais
industrializada. Localiza-se na parte
litorânea e compreende as subunidades: Zona da Mata açucareira, Recôncavo
Baiano, Sul da Bahia ou Zona do Cacau.
Agreste,
área
de transição entre o Sertão e a Zona da Mata. Corresponde, de forma geral, ao
planalto da Borborema.
Sertão, é
a área conhecida como “Polígono das Secas”, caracterizado por baixos índices de
pluviosidade.
Meio
–Norte, é úmida, com características
semelhantes à Amazônia é
caracterizado por uma agricultura tradicional e o extrativismo.
Em
relação ao relevo, dois antigos e extensos planaltos marcam a região: Planalto Nordestino
e Planalto da Borborema.
A
hidrografia do Nordeste é a menos rica do Brasil, tanto em águas superficiais
(rios e lagos) como em águas subterrâneas. Porém, existem bacias importantes.
Existem rios perenes( com água o ano todo) e temporários( com água apenas no
período de chuva).
Atualmente
, às margens do rio São Francisco, localiza-se o cultivo irrigado de uva e
melão.
Os
tipos climáticos predominantes no Nordeste são: tropical úmido – do litoral da
Bahia ao litoral do Rio Grande do Norte, e semiárido – presente no Sertão
Nordestino, incluindo o norte de Minas Gerais.
No
Nordeste, em geral, o nível de vida da população é baixo. Existe uma classe
dominante, que é uma parcela pequena da população que concentram em suas mãos
grande parte das riquezas regionais. Isso explica porque, durante muito tempo,
milhões de nordestinos migraram para várias regiões do Brasil, em especial o
Centro-Sul, onde essas pessoas serviam como
mão de obra barata.
A seca do Sertão nordestino é a grande razão da
migração dos habitantes dessa região para São Paulo ou Rio de Janeiro, pois, é
a pobreza que leva as pessoas a procurarem melhores condições de vida não advém
da questão física da seca, e sim de causas históricas, como a decadência de
atividades tradicionais (agroindústria açucareira, cultivo do algodão, etc).
Além disso, só uma pequena parcela da população mora no sertão, justamente por
ser uma área difícil de se viver; portanto, mesmo que essas pessoas migrassem
para grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, o número não seria tão
expressivo.
Aproveitando-se da seca, muitos empresários nordestinos
deixam de pagar suas dívidas bancárias ou contraem novos empréstimos sob condições especiais. Alguns fazendeiros
constroem com dinheiro público açudes e estradas em suas terras particulares.
Essas formas de tirar proveito das secas são exemplos da indústria da seca, que
beneficia as pessoas que têm recursos e poder e mantém a população pobre, que
recebe o nome de Indústria da Seca.
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